Setembro foi marcado pela grande elevação das taxas de juros americanas de longo prazo. Esse é um dos principais parâmetros do mercado financeiro global, e quando se eleva, os investimentos em ações normalmente perdem valor. Os juros futuros americanos aumentaram por diversos fatores, entre eles a preocupação com a alta dívida do governo, a economia ainda muito aquecida e a resiliência da inflação. Esse aumento de juros americanos fez a renda fixa global perder 1% e a Bolsa americana cair fortemente, -4,9%.
No Brasil, houve reflexo nas taxas de juros longas, que aumentaram consideravelmente. Os títulos atrelados à inflação se desvalorizaram 0,95%. Também contribuiu para este movimento a falta de evolução das pautas fiscais no Congresso.
O Banco Central continuou com o ritmo de redução da Selic em 0,5% em cada reunião. Espera-se uma Selic de 11,50% ao final de 2023 e 9% ao final de 2024, porém essas projeções podem mudar dependendo do cenário global e da evolução da política fiscal brasileira.
No campo positivo, o aumento do petróleo trouxe ganhos consistentes para a Petrobras, sendo um dos responsáveis pelo ganho da Bolsa brasileira em 0,7% no período.
O destaque dos investimentos continua sendo os fundos de crédito corporativo pós-fixados após a estabilização da crise provocada pelas Lojas Americanas. Do lado negativo, os fundos multimercado tem tido uma performance bem abaixo do CDI no acumulado até setembro, contrariando uma tendência de ganho dos últimos 10 anos.
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