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Carta Mensal - Outubro 2025

  • Foto do escritor: Auro Capital
    Auro Capital
  • 19 de nov.
  • 2 min de leitura

O mês de outubro começou com forte volatilidade, influenciada pelas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Ao longo do mês, porém, houve avanços relevantes na redução de tarifas e na flexibilização de itens estratégicos, como terras raras, agronegócio e semicondutores. Os dois países também estabeleceram um prazo de 12 meses para novas rodadas de negociação, o que reduziu o risco de uma escalada na disputa comercial, trazendo um ambiente global mais favorável. Como resultado, as bolsas internacionais tiveram desempenho positivo: o S&P 500 avançou 2,3% e o índice de mercados emergentes subiu 4,1%.


Nos Estados Unidos, o governo seguiu em paralisação parcial (“shutdown”), limitando a divulgação de dados oficiais e aumentando as especulações sobre os próximos passos do banco central americano (Fed). A atividade econômica permanece aquecida, impulsionada por setores ligados à inteligência artificial, mas a geração de empregos ainda não mostra tendência clara de recuperação. A inflação segue acima da meta, mostrando impactos em itens de consumo que sofreram com tarifas de importação. O Fed reduziu os juros em 0,25%, conforme esperado, mas o mercado passou a apostar em maior cautela nas próximas decisões, diminuindo a probabilidade de novos cortes no curto prazo. Há também pressões políticas na administração Trump, com várias prefeituras importantes tendo candidatos democratas vitoriosos nas últimas eleições.


Na Europa, o cenário é de estabilização. Há sinais mais firmes de recuperação da atividade econômica e riscos menores de inflação, indicando um ciclo de manutenção de juros no médio prazo. A bolsa europeia encerrou o mês com alta de 0,6%.


No Brasil, o Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano e reforçou uma comunicação firme, indicando que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado. Ainda assim, dados recentes — como inflação mais comportada e desaceleração do PIB — levaram o mercado a antecipar expectativas de queda da Selic para o início do próximo ano. O índice Bovespa se valorizou 2,3% no mês.


Entre os investimentos, outubro foi marcado por menor desempenho na renda fixa de crédito privado, tanto em debêntures corporativas quanto em debêntures incentivadas de infraestrutura. No primeiro caso, o mercado mostrou cautela após episódios de dificuldades financeiras de algumas empresas, como a Ambipar. No segundo, a não aprovação do aumento de impostos sobre ativos financeiros de infraestrutura gerou um ajuste temporário nas taxas desses títulos, afetando a rentabilidade dos fundos dessa classe. Como a renda fixa corporativa compõem parte relevante das carteiras, houve uma leve redução de retorno no mês, sem impacto estrutural, já que os indicadores seguem apontando para um ambiente de crédito saudável no país.


Na Auro Capital, seguimos priorizando uma alocação majoritária em renda fixa para aproveitar o patamar elevado da Selic. Ao mesmo tempo, estamos preparados para ajustar as carteiras assim que o cenário de início do ciclo de queda de juros se consolidar.

 
 
 

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