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Carta Mensal - Maio 2025

  • Foto do escritor: Auro Capital
    Auro Capital
  • 23 de jun.
  • 2 min de leitura

O mês de maio trouxe avanços importantes nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, o que gerou bons ganhos aos mercados. A bolsa americana subiu 6,15%, impulsionada principalmente pelas ações de tecnologia que seguem surpreendendo com resultados consistentes e inovações em inteligência artificial.


Enquanto isso, as discussões fiscais seguem ganhando força no Congresso americano. O ponto de preocupação é a dívida pública que já vinha elevada há anos, mas era financiada com juros baixos. Depois da pandemia, esse quadro mudou — a dívida cresceu ainda mais e, agora, está sendo financiada a custos mais altos. A consequência tem sido a subida dos juros de longo prazo, impactando projetos futuros de investimento.


As tarifas mais altas impostas ao comércio internacional tendem a trazer dois efeitos principais na economia americana: inflação mais persistente e crescimento econômico mais fraco. Nesse cenário, o Federal Reserve deve manter os juros elevados por mais tempo, sem espaço para cortes no curto prazo.


No restante do mundo, o movimento tem sido o oposto. Diversas economias têm adotado medidas de estímulo e redução de juros para compensar o enfraquecimento do comércio internacional. Com isso, os mercados globais tiveram um bom desempenho em maio, com altas nas bolsas chinesa e europeias. O ouro, por sua vez, ficou estável após meses de ganhos consecutivos.


No Brasil, mesmo com a Selic ainda muito alta (14,75% ao ano), a atividade econômica continua surpreendendo positivamente. O crescimento do agronegócio, o aumento do consumo das famílias e a geração consistente de empregos ajudam a manter o ritmo. O problema continua sendo a inflação: as projeções seguem em patamares elevados para os próximos anos, o que deve levar o Banco Central a manter os juros altos por um período mais longo. Por outro lado, a tendência de queda do dólar pode ajudar a aliviar alguns preços internacionais e conter parte dessas pressões.


O governo segue tentando aumentar a arrecadação para lidar com o risco fiscal, mas algumas medidas, como o recente aumento do IOF, trouxeram distorções ao mercado. Outras propostas seguem em discussão no Congresso, em um ambiente político agitado e pouco eficiente, o que acaba gerando incertezas e volatilidade.


Na Auro, tivemos um mês positivo nos resultados das carteiras. Seguimos com uma postura conservadora, mas aproveitando oportunidades pontuais que possam agregar valor aos investimentos.

 
 
 

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