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Carta Mensal - Junho 2025

  • Foto do escritor: Auro Capital
    Auro Capital
  • 17 de jul.
  • 2 min de leitura

    O mês de junho foi marcado por tensões geopolíticas e sinais mistos na economia global. Um breve confronto envolvendo Israel, EUA e alvos ligados ao programa nuclear do Irã gerou forte oscilação nos preços do petróleo, que acabou se estabilizando após uma resposta mais moderada do governo iraniano.


    No campo comercial, houve uma pausa nas medidas tarifárias americanas, com o mercado aguardando o próximo pacote de anúncios previsto para 9 de julho. Até o momento, a inflação nos EUA segue relativamente estável, com impactos leves devido as tarifas, enquanto o dólar perdeu força frente a outras moedas globais, refletindo a expectativa de desaceleração.


    O Federal Reserve mantém um discurso cauteloso, mas o mercado já precifica um possível corte de juros em setembro. Em paralelo, a aprovação de medidas que prorrogam tributação corporativa reduzida sem contrapartidas fiscais relevantes mantém as preocupações de longo prazo com a trajetória da dívida americana.


    Apesar desses fatores, os ativos financeiros globais tiveram um desempenho positivo em junho: a bolsa americana subiu quase 5% e a renda fixa global teve alta de 1,75%


    No cenário doméstico, o Banco Central elevou a Selic para 15% ao ano, sinalizando em seu comunicado que os juros deverão permanecer em níveis elevados por um período prolongado. A decisão reflete o aumento das incertezas fiscais, a persistência da inflação e os ruídos políticos em torno de aumentos de impostos — como o caso do IOF, que gerou atrito entre Executivo e Legislativo. Apesar do discurso de maior responsabilidade fiscal no Congresso, na prática, tem havido expansão de benefícios e isenções, elevando as projeções de endividamento público para os próximos anos.


    Mesmo nesse ambiente desafiador, o desempenho dos ativos locais foi razoável: Bolsa e ativos atrelados à inflação ficaram ligeiramente acima do CDI e o dólar recuou fortemente, com queda de 4,4% no mês.


    Na Auro, seguimos com uma estratégia mais conservadora, priorizando renda fixa pós-fixada e alocações pontuais em oportunidades táticas, sempre respeitando o perfil de risco de cada cliente. Em um cenário de juros elevados e incertezas políticas e fiscais, seguimos atentos para proteger o patrimônio e buscar ganhos mais consistentes.

 
 
 

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