Em julho, a inflação nos Estados Unidos continuou a diminuir, indicando uma trajetória consistente de queda. No entanto, alguns indicadores econômicos mostraram uma certa desaceleração na atividade econômica, levantando preocupações sobre um possível cenário recessivo na maior economia do mundo. Com isso, como ocorre em eventos como esse, as taxas de juros de longo prazo nos EUA caíram acentuadamente, enquanto as ações de tecnologia, que dependem mais do crescimento da demanda, sofreram desvalorização. No final do mês, o índice S&P 500, que reúne as maiores ações, registrou um ganho de 1,13%, enquanto a Nasdaq, focada em tecnologia, perdeu 0,75%. O cenário nos Estados Unidos aponta cada vez mais para uma redução das taxas de juros a partir de setembro, com previsão de três cortes em 2024, o que deve ser positivo para ações em países emergentes e na Europa.
No Brasil, a inflação segue um caminho oposto, com novas estimativas de mercado sugerindo um aumento consistente. Um dos fatores que impulsionam essa alta é a valorização do dólar, causada tanto por desequilíbrios internos na economia quanto pela maior força da moeda americana em comparação com outras economias globais. O Banco Central tem usado essas novas expectativas inflacionárias em suas comunicações ao mercado e recentemente alertou que, se essa tendência continuar, aumentos na taxa Selic podem ocorrer.
Entre o aumento das expectativas de inflação no Brasil, as comunicações do Banco Central e a queda nas taxas de juros americanas, o último fator teve mais influência nos mercados em julho. A queda dos juros nos EUA abriu espaço para um maior fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil, favorecendo as ações brasileiras e investimentos em renda fixa atrelados à inflação. O Ibovespa subiu 3,02% e os investimentos atrelados à inflação registraram um ganho de 2,09% no período.
As carteiras da Auro se valorizaram no período, com posições majoritárias em renda fixa e alocações em fundos multimercado e ações para os perfis mais dinâmicos.
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