Em agosto, o mercado local foi gradualmente assimilando os pronunciamentos de membros do Banco Central sobre inflação, política fiscal e os próximos passos da taxa Selic. Espera-se agora um novo ciclo de alta, porém curto e de pequena amplitude. A Selic, atualmente em 10,5%, deve subir nos próximos meses para cerca de 12%, antes de cair novamente para 10,5% até o final de 2025. As principais razões para esse movimento são a inflação persistente, a valorização do dólar, o aumento dos gastos públicos e o baixo desemprego no mercado de trabalho. Esse aumento da Selic contrasta com o mercado americano, onde se projeta uma queda de juros já em setembro, impulsionada pelo arrefecimento da atividade econômica e pelo aumento do desemprego.
No Brasil, a atividade econômica está acelerando, com previsão de crescimento do PIB em torno de 3% para 2024. No entanto, as projeções de inflação também subiram, chegando a 4,3% neste ano e 4,0% no próximo, ambas acima da meta de 3%.
De forma geral, o crescimento do PIB e a expectativa de queda de juros nos EUA impulsionaram a Bolsa brasileira (+6,5%). As ações americanas também tiveram bom desempenho (+2,3%), com ganhos mais modestos no setor de tecnologia (+0,65%).
As carteiras da Auro, em sua maioria, apresentaram bom retorno nos últimos três meses, com alocações majoritárias em renda fixa pós-fixada, devido ao cenário de alta da Selic, e pequenas posições em ações brasileiras e americanas, dependendo do perfil de risco de cada cliente.
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