Nas últimas semanas várias notícias positivas têm repercutido no cenário econômico brasileiro. A inflação tem cedido mais do que o mercado estava prevendo, principalmente pelas reduções de preços em itens de alimentação, produtos industriais e gasolina. Espera-se um índice IPCA de 5,3% para 2023. O PIB também surpreendeu positivamente, com estimativa de crescimento de 2,3% no ano, principalmente devido à forte expansão do agronegócio. As projeções de emprego também têm melhorado para os próximos 18 meses.
A aprovação do arcabouço fiscal na Câmara e a incorporação de algumas medidas mais restritivas de controle de gastos motivou o mercado, retirando um risco de descontrole de contas públicas que trazia volatilidade desde as declarações feitas após as eleições. Continuamos com a visão que este novo marco fiscal não endereça todas as preocupações de longo prazo, porém já é uma sinalização positiva. Com isso, os juros de longo prazo, importantes para a decisão de investimentos das empresas, cederam bastante, resultando em uma boa apreciação dos ativos brasileiros. A Bolsa subiu 3,7% e o índice de títulos atrelados à inflação ganhou 2,5%.
Sobre o comportamento dos mercados locais, os investimentos em fundos de renda fixa de crédito corporativo, que sofreram durante 3 meses após o evento das Lojas Americanas, tiveram ótima recuperação. Com isso, a decisão de mantê-los nas carteiras dos clientes se mostrou acertada.
No exterior, houve decepção com o crescimento na China devido a um mercado imobiliário mais fraco, e na Europa, com dados de manufatura decepcionantes. Por outro lado, os EUA continuam mostrando uma economia resiliente, com mercado de trabalho robusto e sem novos problemas no mercado bancário. A inflação continua acima da meta por lá, o que indica que o Fed (banco central americano) deve fazer mais um aumento de juros no ano, provavelmente em julho. A Bolsa americana (S&P 500) ficou neutra no mês de maio, porém as principais empresas de tecnologia (Nasdaq) se valorizaram muito, principalmente pela narrativa de investimentos em inteligência artificial.
Nossa estratégia recente teve bons retornos em alocações em renda fixa atrelada à inflação e na ótima recuperação dos ativos de crédito. Estamos também retomando as alocações em Bolsa para clientes de perfil de investimento de médio a longo prazo.
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