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Carta Janeiro 2023

Foto do escritor: Auro CapitalAuro Capital

Janeiro teve três eventos muito relevantes que impactaram o retorno dos investimentos: o problema das Lojas Americanas, as primeiras medidas do novo governo e a melhora nas condições globais.


Recentemente publicamos um artigo em nosso site, sobre o principal evento financeiro de janeiro e suas implicações nas carteiras dos clientes. Veja o artigo “O impacto da Americanas nos fundos de crédito” no seguinte link: https://lnkd.in/dnhzDjtw.


A renda fixa tem sido a maior classe de ativos das carteiras dos clientes desde o ano passado, portanto o caso Americanas teve impacto relevante na rentabilidade do mês. Os fundos de renda fixa possuem em suas carteiras vários títulos de empresas e bancos, e o stress causado pelo evento Americanas se alastrou para o mercado como um todo, prejudicando ainda mais as rentabilidades. Assim, fundos que possuíam maior quantidade de títulos da Americanas tiveram rentabilidade até negativa no mês e mesmo os fundos que não tinham estes títulos, tiveram sua rentabilidade prejudicada pelo stress gerado. Acreditamos que os reais problemas de crédito estejam restritos a uma parcela pequena de empresas de 1ª linha e que os retornos serão recuperados em 6 a 12 meses.


O segundo ponto importante foi o anúncio de um conjunto de medidas econômicas pelo Ministro da Fazenda, focando principalmente no aumento de receitas. Além disso, algumas declarações do presidente Lula sobre os juros altos da economia e uma eventual mudança na meta de inflação preocuparam os agentes econômicos. Mais uma vez, este tipo de declaração causou impactos nos investimentos em renda fixa atrelados à inflação. Eventos semelhantes de declarações desencontradas também já tinham tido o mesmo efeito em 2022, no governo anterior. Por estas indefinições, preferimos manter esta classe de ativos com uma alocação muito baixa nos portfólios, apesar de sua grande possibilidade de ganho no médio prazo.


Já no ambiente global, com dados mais promissores de controle inflacionário nos países desenvolvidos e retomada da economia na China, o mercado de ações reagiu muito bem em janeiro. A bolsa americana teve valorização de 6,2% (sendo que as empresa de tecnologia ganharam 10,7%) e a bolsa da China se valorizou quase 12%. Isto também trouxe ganhos para as empresas da bolsa brasileira, permitindo um retorno no índice Bovespa de 3,4% no mês.


Apesar deste otimismo em janeiro, acreditamos que o mercado de trabalho dos EUA, com um desemprego baixíssimo, causará a necessidade de continuar o processo de aumento de juros. Isso deve trazer uma desaceleração no segundo semestre do ano. No lado do Brasil, com a Selic em um patamar muito alto, o crescimento deve ficar bem baixo no ano, o que nos mantém em um portfólio mais conservador no momento.

 
 
 

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