Março trouxe preocupações com a resiliência da inflação americana, fazendo com que o mercado postergue o início da queda das taxas de juros para o segundo semestre do ano. O lado bom é que a atividade econômica e o mercado de trabalho continuam positivos por lá, proporcionando um bom crescimento do PIB. Os resultados das empresas estão bons, fazendo com que a Bolsa americana continue subindo, apesar de já estar em um patamar bem valorizado. O índice S&P 500, das maiores empresas americanas, subiu 3,1% no mês. Os EUA continuam atraindo muito capital global, com suas empresas de tecnologia dominantes e uma renda fixa atrativa.
No Brasil, dados de inflação recentes vieram um pouco mais altos do que o previsto, principalmente a inflação de serviços. O Copom decidiu pela redução de 0,50% na Selic (agora em 10,75% a.a.), porém, a comunicação mostrou um cenário mais conservador. Espera-se mais uma queda de 0,50% e depois os membros do Copom devem aguardar novos indicadores econômicos para decidir os próximos passos.
No cenário político, as intervenções do Executivo em grandes empresas, como a Petrobras, e o aumento dos gastos públicos, tem gerado um certo pessimismo no mercado, principalmente por parte dos investidores estrangeiros. Entretanto, dados recentes de aumento da atividade econômica brasileira projetam um PIB maior para 2024 (+2,3%).
Com os pontos acima, a Selic deve ficar em um patamar um pouco mais alto do que o previamente esperado, projetando 9,75% no final do ano. Março foi um mês ruim para o mercado brasileiro em geral, com os investimentos atrelados à inflação tendo ganho zero no mês e a Bolsa brasileira negativa em 0,7%.
As carteiras da Auro, em sua maioria, foram bem no mês, com uma boa diversificação e alguns investimentos em proteções (dólar e ouro) para carteiras específicas.
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